O caso do antraz suscita preocupação
Pela primeira vez em mais de 30 anos, a Tailândia confirma uma morte relacionada com o antraz. Após a morte de um homem de 53 anos da província de Mukdahan, as autoridades sanitárias reagiram rapidamente. Especificamente, a vítima contraiu a doença depois de ter trabalhado com gado infetado.
Por conseguinte, as autoridades sanitárias colocaram várias pessoas sob observação médica. Além disso, estão a determinar quem mais pode ter sido exposto à doença na região nordeste.
As autoridades agem rapidamente
As agências de saúde tailandesas reagiram imediatamente após a confirmação do caso de carbúnculo através de testes laboratoriais. Em particular, administraram antibióticos às pessoas expostas e lançaram uma campanha de vacinação dos animais.
Entretanto, estabeleceram uma zona de quarentena de 5 quilómetros à volta da fonte da infeção. Além disso, identificaram os talhantes locais e os tratadores de gado como grupos de alto risco. Por isso, as autoridades estão a tomar precauções especiais nos matadouros e nos mercados de carne.
O que é o Anthrax?
O carbúnculo existe em diferentes tipos e é provocado pela bactéria Bacillus anthracis, que forma esporos. A doença regista vários milhares de casos por ano.
Para além da Tailândia, outros países também anunciaram os seus casos de Anthrax. Por exemplo, a República Democrática do Congo confirmou o seu primeiro caso humano na semana passada.
Evita a carne crua
Com a notícia da morte por antraz, as autoridades aconselharam vivamente o público a evitar o consumo de carne crua ou mal cozinhada. Isto inclui pratos normalmente servidos em regiões rurais, como o “larb dip”, uma versão ocidentalizada de uma salada de carne picada.
Além disso, o Departamento de Controlo de Doenças emitiu instruções claras para cozinhar bem a carne. Além disso, também encorajaram os viajantes a evitar o contacto com gado e carcaças de animais.
Cartão de chegada digital
Em 1 de maio, a Tailândia lançou também um novo sistema de Cartão de Chegada Digital para todos os visitantes internacionais. Esta ferramenta visa, nomeadamente, simplificar os processos de controlo sanitário e de imigração.
De facto, o sistema recolhe o historial de viagens e as declarações de saúde antes da entrada. Consequentemente, as autoridades sanitárias podem seguir e responder mais rapidamente a uma potencial exposição à doença do carbúnculo.
Orientações para visitantes internacionais
Para evitar contrair carbúnculo, as autoridades apelam aos viajantes internacionais para que se mantenham vigilantes, especialmente na região nordeste da Tailândia. Especificamente, os turistas devem evitar as zonas rurais de criação de gado e abster-se de comer produtos de carne não cozinhados.
Mais importante ainda, os visitantes devem estar atentos a sintomas como febre, gânglios linfáticos inchados ou úlceras cutâneas. Se surgirem quaisquer sintomas, deves procurar imediatamente assistência médica.
Além disso, os fornecedores de seguros de viagem recomendam uma cobertura que inclua o tratamento de doenças infecciosas.
Vigilância reforçada contra o antraz
Na sequência do relatório da Tailândia sobre o antraz, o Laos aumentou o seu nível de alerta, especialmente nas províncias fronteiriças. Consequentemente, as autoridades do Laos estão a inspecionar as importações de carne e a aumentar os esforços de vacinação dos animais.
Além disso, os operadores turísticos do Sudeste Asiático estão também a acompanhar a evolução da situação e a atualizar os avisos de viagem.
Viajar em segurança é possível
Apesar da recente fatalidade, os especialistas sublinham que o antraz não é facilmente transmissível entre pessoas. Por conseguinte, com práticas básicas de higiene e segurança alimentar, viajar para a Tailândia continua a ser seguro.
No entanto, as autoridades continuam a exortar tanto os residentes como os visitantes a seguirem todas as diretrizes de saúde recomendadas. Por último, os turistas devem manter-se informados através dos canais oficiais, como a Autoridade de Turismo da Tailândia e as actualizações da OMS.
Instituto Nacional de Normas e TecnologiaDomínio público, via Wikimedia Commons